Apresentação do Projeto “Política de Drogas, autonomia e cuidado” no GAPA/SC
No dia 25 de maio de 2024, no GAPA/SC, realizamos a apresentação do Projeto “Política de drogas, autonomia e cuidado: contribuições do feminismo antiproibicionista em perspectiva antropológica”. Começamos o sábado pela manhã com um café da manhã coletivo, seguido pela dinâmica da teia para nos (re)conhecermos enquanto integrantes do projeto. Depois, tivemos uma parte expositiva e dialogada sobre o projeto, refletindo as implicações do proibicionismo no contexto brasileiro atual e em nossas vidas. No fim da manhã, iniciamos a produção das cadernetas individuais de campo e o planejamento para atividades futuras. Após muita conversa, tivemos um almoço coletivo de confraternização.
O projeto visa conhecer trajetórias e formas de vida de mulheres, mães, pessoas trans, negras, racializadas, e vulnerabilizadas e seus processos de ressignificação de violências e eventos traumáticos vividos em suas relações com as “drogas”.
A partir da perspectiva do feminismo antiproibicionista, iremos compreender os fluxos e sentidos articulados por pessoas que têm suas existências diretamente atravessadas pelo controle repressivo, punitivista e violento vinculado à “guerra às drogas”.
Compreendendo tais experiências atravessadas por processos singulares e coletivos, nos interessa conhecer as estratégias e saberes acionados nesses processos e as reais possibilidades de construção de alternativas ao proibicionismo, diante da agenda política sobre drogas no Brasil.
O objetivo dessa pesquisa, portanto, é produzir reflexões antropológicas sobre a relação entre mulheres, pessoas LGBTQIAPN+ e a política de drogas na cidade de Florianópolis, com foco nos efeitos do proibicionismo no Brasil, nas relações no ambiente da cidade de Florianópolis, e nas estratégias políticas locais pelo reconhecimento de direitos de pesssoas usuárias de drogas e na busca pela autonomia em coletividade.
Essa pesquisa é realizada pela Lupa – Laboratório Universitário de Políticas, Direitos, Conflitos e Antropologia em parceira com a Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (RENFA); a partir da chamada de apoio a fomento Engaged Research Grant da Wenner Gren Foundation. O projeto também conta com apoio do Ppgas/Ufsc – Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social; da Rema – Rede Transnacional de pesquisas sobre Maternidades destituídas, violadas e violentadas; da Capes e do CNPq.